quarta-feira, janeiro 31, 2007

Do blog da Nati

Texto que diz muito sobre mim. Diretamente do cinismocotidiano

(Desculpe Ná, mas de cínico isso não tem nada)


"Das coisas que me dão vontade de viver

Gosto muito de ouvir as pessoas que eu não conheço direito. Daquele tipo de conversa de ônibus, filas de banco, depilação... Não gosto muito de conversas de elevador, que são muito rasas.

Outro dia conversei bastante com uma amiga de um dia. Ela tem uns 45 anos e 4 filhos, mas falava com uma inocência linda sobre a diferença entre namorar e ficar, sobre um namorado mais novo e ciumento, sobre como ela gosta que um homem dance. Adoro ouvir. E ela me dá vontade de viver.

Tem algumas coisas que me dão vontade de viver. Me apaixonar, andar na rua a noite, ir ao teatro, ler manoel de barros, passar por um cachorro e ele me olhar sem latir são algumas delas. Conversar com ela foi outra. Conversar com as pessoas me dá muita vontade de viver.

Esse post é o mais sincero de todos até agora. Gosto de sinceridade e espontaneidade. Me dá vontade de viver."

Mais um pro bolo

Hoje, dia 31 de janeiro, entro para a turma dos des-empregados.

Cabeça em manutenção.

TCC complicado + Teatro + Possível e recomendável disposição pra arranjar alguma atividade física.

Ansioso pra saber no que vai dar agora, fantasio com o ano que vem.

PS: Saudade da louca do ônibus.

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Dr. Jubileu


Um pouco de entrega não faz mal a ninguém.

Com Pola Negri e Glorinha.

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Guitarra afinada

E o You Tube permanece. Assim como Daniel Larusso, derrotando Steve Vai.



Guitar Duel - Crossroads (1986, não confundir com filme homônimo da Britney Spears)

Porque este é um blog eclético.

quarta-feira, janeiro 10, 2007

No todavia

Não, por mais que pareça, não abandonei.

Apenas estou ainda no post anterior. Continuo gritando.

Mas sara...

terça-feira, dezembro 12, 2006

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A desconfiabilidade do mundo.

sexta-feira, dezembro 08, 2006

A louca do ônibus

Em “A noite antes da Floresta”, de Koltés, a história gira em torno de um estrangeiro, que chama uma pessoa na chuva e pede por um lugar para passar a noite. Queria ter apenas 5 min de conversa verdadeira.

Quem se entregar, consegue ser atingido no que tem de mais íntimo. Afinal, todo mundo não é totalmente daqui. Todo mundo é um pouco estrangeiro.

A peça foi uma experiência guardada, e por mais que possa ser enxergada no cotidiano, isso geralmente acontece apenas internamente. Hoje não. Conheci uma estrangeira sem medo de falar.

Chegou no ônibus dizendo que pagar a passagem era um contra-senso. Deveria poder andar de graça, assim como todo mundo. Falou com um grande sorriso, e seu olhar brilhava para quem quisesse ver. Para o ônibus, um olhar um tanto intimidante. Resolvi corresponder, assumindo apenas parcialmente meu papel de corpo estranho. E ela veio em minha direção, como se o corredor fosse seu palco. Eu em pé.

– O mundo é feito de letras e números. Só vou poder parar de contar e escrever quando você olhar pra mim – disse ela, depois de alguns minutos de conversa.

– Prazer, estrangeira – respondi.

E ela guardou um caderninho recheado de anotações.

– Você quer ler meu bloquinho?

– Desculpa, não tenho tempo. E vai ser um desperdício ficar apenas pela metade.

– A gente tem tempo pra fazer o que quiser.

Eu me silenciei. Depois de alguns segundos, finalmente disse:

– Desculpa por não poder ler seu bloco.

Ela sorriu.

– Tudo bem. Você não precisa ler pra me descobrir. Basta me olhar.

E eu olhei.

– Qual é seu nome? – ela perguntou.

– Francisco...

(Continuamos nos olhando por alguns segundos)

– Na verdade não gosto do meu nome. Parece de velho, de padre.

– Deveria aprender a gostar do seu nome. Faz parte de você.

– Posso muito bem gostar de mim, e apenas não simpatizar com um símbolo como meu nome.

Ela despistou. Já havia dito que abominava os símbolos. Como as letras e números que usava com maestria, até que pudesse jogar fora seu bloquinho.

– Chegou meu ponto. Desculpa, tenho que ir – me despedi.

– Até amanhã, aqui mesmo – disse a garota, dançando lentamente, enquanto seus gestos diziam que queria continuar ali conversando comigo, pro ônibus inteiro ouvir.

Saí sem saber como se chamava. Devia ter a minha idade, ou talvez um pouco mais velha. Na verdade não importava. Parecia mesmo era que pertencia a outro mundo. Ou quem sabe, tinha apenas tomado ácido.

segunda-feira, novembro 27, 2006

Respira e conta até 10

Correndo que nem um desgraçado. Nem a chuva pra dar uma refrescada.